6.12.05

Goianão Louco..

Centro Cultural Martim Cererê.. São dois teatros e uma pracinha com os bares e lojinhas, bem bonitinho.. O público era pequeno, só ocupava metade da capacidade de cada teatro.. Mulecada total.. Um nativo me explica que o festival era realizado no Jóquei, a R$ 5 por cabeça, e que, por falta de grana, eles transferiram o lugar e triplicaram o preço do ingresso.. Deve ser por isso que estava vazio.. Na lojinha de camisetas, uma delas trazia a estampa Goianão Louco.. Quase comprei uma..

As bandas? Bem, digamos que a graça do festival foi ficar falando mal delas..

Zumbi do Mato (RJ): O som era um jazz amalucado, com um vocalista realmente demente. Não fossem as escatologias infantilóides das letras e o som (que estava uma bosta), poderia ter sido um bom show..

Violins (GO): Tinha visto parte do show deles no Porão e achado bacana.. Mas eles fazem tanta pose no estilo Los Hermanos que fiquei com a pulga atrás da orelha.. A banda é redondinha e (acho) está pronta para fazer sucesso.. Mas não trazem nada de novo..

Frank Jorge & Plato Divorak & Empresa Pimenta (RS): Um saco, banda sem peso (a guitarra parecia que não estava plugada), tentando fazer a linha esquisitices pops e tocando cover do Roberto Carlos.. Vou confessar: tenho a maior simpatia, mas acho o Frank Jorge um chato.. Jovem Guarda de cu é rola!!

Zumbis do Espaço (SP): Poser! Punk rock burrão, cujos refrões eram constituídos, na maioria das vezes, apenas de "ou-ou-ooou", faltando apenas o amô e o pelô para virar axé.. Uma das raras exceções à fórmula era uma música com a singele letra de "Espancar e matar, espancar e matar.. até sangrar". O vocalista, um gordo tatuado de chapéu de cowboy e óculos rayban, teve a manha de apresentar uma música assim: "Essa é do nosso clássico álbum...". Humildade é isso aí.. Bomba atômica e corrente servem para a mesma coisa / Seja punk mas não seja burro, já rezavam Os Replicantes..

Se as bandas eram ruins, eu, por outro lado, me diverti pra caralho! A noite terminou com um convite para esticar até o Caldo 24hs, o único lugar aberto em Goiânia aquela hora.. Quando soube que corria o risco de ouvir sertanejo no local, dispensei o convite e fechei a noite relembrando a infância comendo um sandubão num dos milhares de pit-dogs da cidade.

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