2.12.06

Madame Bovary et moi..

Sábado à noite, um programa casalzinho.. Convido Madame Bovary para dar um pulo ali, na Quituarte, num restaurante japonês.. Um misoshiro aplaca os efeitos deletérios da noite passada, que começou no Rayuela, passou por alguns copos de chopp no aeroporto, revisitou o antigo Barrigudo's (agora Manara) e terminou (ufa!) no 2º Clichê.. Shitakes na manteiga caem bem enquanto ouço Emma contar sua história de um casamento sem amor, dos dias ordinários entregues à mesmice de uma cidade do interior, de uma vida tão monótona que se torna possível contar nos dedos de uma mão os lugares diferentes em que ela passou ao menos uma noite.. Não censuro seu desejo de experimentar os prazeres de Paris, da corte, dos bailes, de viajar pelo mundo.. E nem os seus sonhos de paixões intensas e ideais como as vividas pelos personagens dos romances românticos do século XIX.. Pobre mulher! Espero que um dia ela conheça as delícias de sentir a face enrubescer por causa de um beijo roubado..

Um comentário:

\o/ disse...

hummmmmmmmmmmmmmmmmm.....
sei....
bem, mudando a prosa estou lendo as cartas exemplares de flaubert já na parte em que ele escrevia Madame Bovary. Nossa, como o coitado sofria! bjs